terça-feira, 11 de janeiro de 2011

"Eu gosto"

Vagueio por dentro do meu intimo e tento perceber-me e perceber os sentimentos que surgem na vida inesperadamente. Muitas vezes não surgem logo quando conhecemos uma pessoa, mas sim quando passamos a interagir com ela ou até ao contrário, quando sentimos a sua ausência. No princípio podemos pensar que é apenas uma aventura, mas depois começamos a perceber que é algo mais, já começa a desenvolver-se um interesse especial e o carinho aumenta. A determinada altura, ficamos a ponderar todos os aspectos da nossa vida e deparamo-nos que são verdadeiramente importantes os momentos e os pequenos pormenores.   
Mas quem é que nos invade de tal maneira e tem a coragem de nos deixar desvairadas? Transformam-nos de uma maneira que começam a nascer sentimentos intensos, novos sonhos, ilusões e até perspectivas de viver. Tudo é bom enquanto vivemos com um sorriso no rosto, com um brilho no olhar, mas quando deixam de existir pequenos actos e a distância começa a aumentar, ficamos com medo de perder cada vez mais. Medo de perder aquilo que nos tornou capazes de sorrir a todo o instante e sentir necessidade de dizer “Eu Gosto”. A percepção da distancia  é clara e o nosso coração começa a ficar debilitado e sem saber o que fazer perante certas situações. Queremos lutar mas não sabemos como, não temos nenhuma base, não sabemos o que a outra pessoa sente, ficamos na incerteza do que fazer. A nossa vontade é atirar-nos de cabeça e dizer tudo aquilo que sentimos, mas falta-nos as palavras e a coragem, pois pensamos que podemos não estar a fazer o melhor.   
No entanto, passado algum tempo, nós sem fazermos nada e tendo a noção que já estamos muito separados, achamos que já não vale a pena porque provavelmente fomos esquecidos. Não queremos passar uma borracha por cima do que aconteceu, pois foi importante e muito marcante, apesar de provavelmente não ser um sentimento partilhado entre ambos. Por muitas razões e por falta de acções, ficamos confusas na esperança que tudo se resolva e com vontade que os nossos sentimentos sejam percebidos.

Aqui fica um pequeno desabafo no qual não estão as palavras que descrevem o quanto me sinto impotente em relação ao que fazer, simplesmente quero que percebas que foste e és muito mais do que imaginas. Não me importa o tempo que durou, mas sim com que intensidade aconteceu. Adoro-te

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

sonho

Sonho, sonho todos os dias com a realidade da vida, a impotência do meu ser, com o cheiro das pessoas de que conheço e das que ainda não conheci. Sonho muito alto, sonho com aquilo que existe e me faz feliz e até mesmo com o que me faz ficar triste. Sonho com o sol nos dias de muito inverno, sonho com a chuva nos dias de muito calor, sonho com os pássaros, com as flores e com a brisa da primavera. Sonho com as folhas que caiem das árvores no Outono, só para poder ouvir o barulho que fazem quando as pisamos. Sonho com o certo e com o errado, sonho com o perfeito e o imperfeito do meu ser, do teu e do dele. Passo a vida a sonhar em coisas que posso ter, ou não, com coisas que posso fazer, ou não e até mesmo com os sentimentos que posso criar, ou não. Sonho a cada minuto com aquilo que vai acontecer a seguir. Sonho a toda a hora se vou conhecer alguém ou se vou aprofundar um sentimento que já existia. O sonho comanda a minha vida, o meu ser, o meu sentimento e é a razão de muitas vezes não desistir daquilo que quero e que acho que me faz feliz. Um sonho nunca vem sozinho, com ele vem sempre mais um, mais outro e mais outro. Chego ao fim do dia e já tenho uma centena de sonhos que queria que se realizassem, tenho tantos sonhos que muitas vezes perco a noção da realidade. Perco a noção que se calhar não estou muito bem, de que tenho deveres para cumprir, de que provavelmente não tive a atitude correcta com aqueles que vivem diariamente comigo e mesmo com aqueles de quem gosto muito. O sonho nunca me deixa sozinha, nunca julga, nem nunca me faz ficar triste, o sonho não me desilude. A desilusão acontece quando o meu sonho não se realiza, quando o fazem desmoronar, quando não o deixam ser tal como é, sem que alguém o modifique. O meu sonho têm objectivos, têm finalidades, têm perspectivas, têm muitas, muitas pessoas. Pessoas que ainda não sei bem quem são, ou até mesmo algumas que já têm lugar na minha vida e que me ajudaram a ser a pessoa que sou hoje. Para que uma grande parte deles se realizem, preciso de ti, dele, dela e do próximo, preciso de toda a gente.